28 fevereiro 2011

Woody Allen



Fui ao Corte Inglês à sessão das 14.20 ver o filme do Woody Allen.

Estavam 3 pessoas na sala.

A Isabelinha está cá sem os Pais e resolvi desafiá-la. Como ela tem pachorra para ir comigo vou abusar e combinar ir com ela mais vezes pois eu adoro ir ao cinema e às vezes é difícil arranjar companhia.

O filme tem bons actores: Gemma Jones, Naomi Watts, Josh Brolin, Anthony Hopkins, Freida Pinto, Antonio Banderas.

É divertido e mostra a fragilidade e os problemas de várias relações românticas.

Não tem "happy ending" nem era preciso.

Gostei imenso do programa.

27 fevereiro 2011

Domingo bem passado

Esta história dos blogs é boa para nos obrigar a puxar pela cabeça e manter-nos atentos a tudo o que se passa.

Quer esteja à conversa com alguém, quer esteja a ler um livro, uma revista, um jornal, outros blogs, quer ande pela cidade a passear...a tudo estou mais atenta, pois há muita coisa que pode ser útil para partilhar ...não sei bem com quem...!!

Muitas vezes escrevo e não publico.

Tenho dezenas de posts editados mas não publicados.

Mas, mesmo esses, são experiências de escrita, conversas comigo própria, desabafos privados, que gosto de pré-visualizar no formato definitivo que lhes dá um bom aspecto, mas que depois não publico.

É muito bom ter este canto onde me olho por dentro e só quando quero, decido partilhar.

Tinha que levar os tapetes de arraiolos a arranjar a uma costureira que mora "para trás do sol posto", para as bandas do aeroporto.

Com um Domingo lindo de sol, resolvi desafiar o Jorge a ir comigo tirar umas fotografias que precisava para o blog:  http://avossafamilia.blogspot.com/.

Começamos pela Basílica da Estrela onde fotografei todas as imagens que estão na frontaria, pois não sabia bem qual era Santa Teresa de Ávila.


O interesse pela dita imagem deve-se ao facto de ela ter sido trazida para Portugal pelo 5º Avô do Jorge, António Pusich.





Já consegui descobrir na internet qual delas é.

Esta ida à Basílica apenas por interesse turístico e sem ser para ir à missa ou a um enterro, despertou-me a curiosidade de conhecer a história da Basílica e das figuras que a adornam. Hoje não estava aberta a secretaria, mas hei-de lá voltar para comprar um livro, ou um folheto, sobre esta beleza que temos ao pé da mão e que não visitamos como turistas e por isso não lhe damos a devida atenção.

E há tanta coisa desta para ver em Lisboa....

Fomos depois à Rua de São Bento captar a imagem da placa que ainda existe, na casa onde morreu Antónia Gertrudes Pusich (tetravó do Jorge).

Seguimos até Alvalade para fotografar a placa da rua que tem o nome desta tetravó.

Depois fomos para o bairro de Chelas - o tal bairro que está indicado em tantas placas em Lisboa e que eu não conhecia  minimamente.
É um bairro muito degradado.
A partir da biografia que temos do António Pusich, escrita pela sua filha, sabíamos que eles viveram na Quinta de Santa Catarina, no Vale de Chelas.

Consegui na internet descobrir a fotografia dessa Quinta  aqui.

Não sabíamos a morada, e depois de voltas e voltinhas já estávamos quase a desistir.

Eu, por mim, tinha desistido logo nas primeiras ruas, pois adoro ter novas ideias, mas depois sou muito pouco persistente.

O Jorge é o oposto. Raramente propõe alguma coisa, mas quando se mete numa empreitada, não desiste.



Lembra-se da construção da Barcoiça, Mãe? Eu é que tive a ideia de reconstruirmos a casa e logo que começou a construção, comecei a enervar-me e deixei de lá ir...

Se não fosse a pachorra do Jorge e a sua persistência, ainda hoje estava em ruínas...



Lá perguntou a uns velhotes que estavam num café e nos disseram para deixarmos o carro e irmos a pé por umas ruelas que desciam até ao vale de Chelas.
Disseram que era seguro, mas eu ia cheia de medo. Encontrámos um cão que olhava para nós com ar ameaçador e apesar do Jorge me dizer que ele era mais velho que eu... não consegui continuar.
Voltamos para trás e encontramos outra velhota numa casa tipo barraca de zinco, mas com um ar super limpo e a falar muito bem que nos confirmou que a Quinta era mais abaixo, mas que conseguiamos lá chegar de carro pois é mesmo na Estrada de Chelas no nº 146.

Quando eu lhe expliquei que o nosso interesse era porque tinham lá vivido os antepassados do Jorge, ela respondeu que tanto ela, como muitos outros, também lá tinham vivido, pois a Quinta esteve durante muitos anos abandonada, mas agora está toda murada, por ter sido vendida à Casa das Beiras.






Lá a encontrámos , finalmente e conseguimos tirar algumas fotografias.








Quem diria a esta senhora que viveu no seculo XVIII que havia de ser a mulher dum tetraneto que havia de resolver ir à procura da casa onde ela viveu e onde nasceram os seus filhos...

Pode ser que a mulher ou o marido de algum dos meus tetranetos venha pesquizar estes blogs....



18 fevereiro 2011

Passagem do tempo

Lembro-me muito bem de a Mãe se pôr comigo ao espelho e dizer: "Olha para a minha pele e para a tua...como o tempo deixa marcas..."





Hoje a olhar para esta fotografia com a minha neta Rita lembrei-me disso.

A linda pele dela e a minha....!!!

17 fevereiro 2011

Claude Lelouch

Adorei este filme de 1980 e sobretudo Maurice Béjart a dançar o Bolero de Ravel.

Ainda bem que pelo you tube podemos ver novamente e recordar as emoções que um dia tivemos.

Afinal funciona

Estou contente, pois afinal as coisas funcionam, mais ou menos.

Hoje quando saí tive a grata surpresa de ver os candeeiros apagados.

Ainda bem que telefonei, pois sempre são algumas lâmpadas que se poupam.

Vivó!!!!!!!!!

16 fevereiro 2011

Juinem

Enfermidade descoberta pela Medicina Tradicional Japonesa, ainda não aceite pela classe médica.
Entretanto, milhões de pessoas em todo mundo padecem deste mal e esperam a aprovação da Organização Mundial de Saúde para que se estude e se encontre a cura para esta mortal enfermidade que, a cada dia, é adquirida por milhares de pessoas.
   Se você tiver 3 ou mais sintomas indicados abaixo é sinal de alerta vermelho!!!!

SINTOMAS QUE DEFINEM O APARECIMENTO DESTA PATOLOGIA:

1.- Um simples café provoca insónia.
2.- Uma simples imperial leva-o direito ao WC.
3.- Tudo parece muito caro.
4.- Qualquer coisa fora do programado perturba profundamente.
5.- Um pequeno excesso alimentar provoca aumento de peso.
6.- Uma  feijoada "cai" como chumbo no estômago.
7.- Qualquer churrasco de nada faz subir a pressão arterial.
8.- Numa festa a melhor mesa é a mais distante possível da música e das pessoas.
9.- Amarrar os sapatos, se conseguir, produz dor nos quadris.
10.- A TV ou a leitura provocam sono...

Todos esses sintomas são prova irrefutável que padeces de

JU-IN-EM,
que quer dizer, em Japonês:

JUventude - INdo - EMbora...

Recebi este e-mail e acho que já estou com esta doença....
O pior sintoma é o 9.

15 fevereiro 2011

Cidadania

Há 3 dias que as luzes da rua estão acesas de noite e de dia na minha rua e na rua transversal.

Já falei com várias pessoas na rua sobre o assunto que a mim me incomoda mas ninguém pareceu ficar nem sequer minimamente preocupado.

- Ah pois estão acesas, estão!!!
- Ah, nem tinha reparado!!
- Ah, eles devem dar conta!!!

Ao 3º dia de luzes acesas a gastar a tão cara electricidade e a gastar as lâmpadas que qualquer dia estão fundidas e depois não vem ninguém repará-las resolvi telefonar.

Fui à procura na Lista nas 1ªs páginas onde antigamente vinha um telefone para Iluminação Pública, mas que já não existe.
Encontrei um telefone da Câmara Municipal - Lisboa Alertas e resolvi tentar:
Pelo menos acertei, por acaso, no sítio para onde se deve telefonar: 808203232

Aparece-me aquele disco horripilante:
-Se pretende informações marque 2, se pretende urbanismo marque 3........
.....se pretende iluminação marque....

Lá marquei.
Pedem-me o nome
Digo e espero.....
Pedem-me a morada
Digo e espero 
Muito obrigada pela sua informação...

Fiquei logo cansada! Ficaram lá o meu nome e morada registados para quê?

Tive que voltar a ligar e marcar o nº respeitante a um assistente.

A menina que me atendeu voltou-me a pedir o nome e a morada e só depois finalmente pude dizer ao que vinha.
Custou imenso a perceber o nome da rua que começa por Leão (não me parece que eu não saiba dizer Leão): Lobão?, Nevão?, Lambão?....

Ao fim dum bocado lá percebeu e diz que vai passar aos colegas.

Estou para ver quanto tempo vão estar as luzes acesas....

Estes discos são como as placas dentro da cidade que só nos indicam Chelas (que não sei onde é) ou Carnide (que também não sei) ou outros bairros dos arredores que ninguém sabe onde é....

Fiquei cansadíssima e não sei se não me vêm cá incomodar por ter deixado a minha identificação e não ter à minha porta nenhum candeeiro apagado...
Estão é todos acesos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Em relação à indiferença das pessoas com estas e com situações semelhantes dá que pensar...

Aqui no prédio, se o elevador se avaria, se a porta não fecha, se não há luz na escada, ninguém toma nenhuma iniciativa.
Somos sempre nós que tentamos resolver o assunto. 

Tivemos, durante meses, uma situação de um prédio que está devoluto aqui nas nossas traseiras e que foi invadido por marginais que lá viviam com uma série de cães.
Falamos com os vizinhos, falamos para a PSP, para a Câmara, para a Polícia Municipal, o Jorge foi n vezes à Junta de Freguesia......Nada.

Só quando houve um incêndio, que podia ter posto em risco todo o quarteirão, é que finalmente foram despejados.

Não sei , no entanto, até quando, pois as janelas não foram emparedadas e qualquer dia estão lá outra vez.

Não me admira nada, o caso da velhinha que esteve 9 anos morta dentro da sua casa e de todos os outros casos que agora aparecem todos os dias.

As pessoas estão cada uma na sua vida e nas suas preocupações e não se ralam nada com o que as rodeia.

Enfim...um desabafo!!!!

04 fevereiro 2011

Vocações

Este ano no Natal estivemos com o Filipe em casa da Graça.

Gostei muito de o ver tão feliz na sua vida dedicada a Deus.

Estava com o meu neto António ao colo e pedi-lhe para ele o abençoar. Foi pena não ter tido oportunidade para lhe pedir a benção para eles todos e toda a nossa família.

Encontrei esta fotografia da Mãe a beijar-lhe as mãos no dia da sua 1ª missa. É uma imagem muito ternurenta tanto pela sua devoção, como pela cara de carinho com que o Filipe a olha.

Aqui fica.


Imagino como a Mãe devia ter gostado de ter tido um filho ou um neto com esta vocação.

Ainda não tivemos, na nossa família, esta alegria.

03 fevereiro 2011

Provérbio árabe

Encontrei este provérbio escrito pela Mãe num papel,cheio de outras coisas no lado de trás (receitas meias escritas, nºs de telefone, etc).

Aqui fica.



Traduzindo a letra e a língua:

Não digas tudo o que sabes.
Não faças tudo o que podes.
Não acredites em tudo o que ouves.
Não gastes tudo o que tens.
Porque,
O que diz tudo o que sabe,
O que faz tudo o que pode,
O que acredita em tudo o que ouve,
O que gasta tudo o que tem,
Muitas vezes,
Diz o que não convém,
Faz o que não deve,
Julga o que não vê,
Gasta o que não pode.





02 fevereiro 2011

Crise

Gosto de todas as manhãs passar em revista os blogs que acompanho.

Tenho lido muita coisa interessante e outras nem tanto.

A maior parte comenta as notícias do dia sob uma perspectiva mais de direita ou mais de esquerda e já vou conhecendo muito do que se vai escrevendo na net.

Hoje deparei com um blog a que cheguei por acaso que transcrevia um outro de desabafo em tempo real de uma pessoa a quem a crise toca de perto há muito tempo.

É amargurante ver as angústias em directo. Tantas e tantas pessoas que estão no nosso País a passar grandes aflições.

Deus lhes dê forças.

Aqui fica o testemunho tirado daqui


"A sério, que crise?
Porque eu não vejo nenhuma crise nova. Tendo em conta que vivo há anos com a dita cuja (acho que desde que nasci...) não noto grande diferença agora... tendo em conta o sufoco enorme porque passámos nos últimos meses e que, pelo que vejo, está longe de terminar não percebo porque é que AGORA é que está toda a gente com medo.

Eu vivo com medo, entranhou-se em mim e dificilmente sairá, medo de não poder ter comida na mesa para dar ao meu filho, medo de não conseguir ter tecto para lhe dar, uma escola onde andar, é um medo permanente e precisamente por causa desse medo é que passo o dia inteiro a parvejar, cheiinha de sentido de humor, a mandar larachas umas atrás das outras, este medo consome-me por dentro e por isso finjo, finjo que não se passa nada mas ele é bem real.
À noite, depois de deitar o míudo fecho-me na casa de banho que é o único sítio da casa onde consigo estar sozinha e tremo, às vezes tremo tanto mas não choro.

Viver na incerteza é muito mau, sem sabermos com o que podemos contar, a ver aquelas reportagens sobre o Banco Alimentar e a começar a sentirmo-nos demasiado próximos daquela realidade. E olho para as minhas coisas que tanto me custaram a comprar e penso que talvez não sejam minhas para sempre, que se avariarem não vou poder ter de novo, que se falhar um preço baixo no supermercado o dinheiro já não vai chegar.

E estou tão cansada de viver assim, tão cansada de sufocar, de não saber que passo a vida a dizer a mim própria que vai tudo correr bem, interessa é termos saúde e gostarmos uns dos outros e sim, é verdade, isso é o que mais importa mas não torna as coisas mais fáceis.
Levanto-me todos os dias para ir trabalhar e o que me dá força é olhar para o meu filho e vê-lo crescer feliz.
Deus queira que nunca note nada, que nunca pressinta o nó que tenho na garganta.
Há dias assim em que só me apetece chorar.
"