27 fevereiro 2011

Domingo bem passado

Esta história dos blogs é boa para nos obrigar a puxar pela cabeça e manter-nos atentos a tudo o que se passa.

Quer esteja à conversa com alguém, quer esteja a ler um livro, uma revista, um jornal, outros blogs, quer ande pela cidade a passear...a tudo estou mais atenta, pois há muita coisa que pode ser útil para partilhar ...não sei bem com quem...!!

Muitas vezes escrevo e não publico.

Tenho dezenas de posts editados mas não publicados.

Mas, mesmo esses, são experiências de escrita, conversas comigo própria, desabafos privados, que gosto de pré-visualizar no formato definitivo que lhes dá um bom aspecto, mas que depois não publico.

É muito bom ter este canto onde me olho por dentro e só quando quero, decido partilhar.

Tinha que levar os tapetes de arraiolos a arranjar a uma costureira que mora "para trás do sol posto", para as bandas do aeroporto.

Com um Domingo lindo de sol, resolvi desafiar o Jorge a ir comigo tirar umas fotografias que precisava para o blog:  http://avossafamilia.blogspot.com/.

Começamos pela Basílica da Estrela onde fotografei todas as imagens que estão na frontaria, pois não sabia bem qual era Santa Teresa de Ávila.


O interesse pela dita imagem deve-se ao facto de ela ter sido trazida para Portugal pelo 5º Avô do Jorge, António Pusich.





Já consegui descobrir na internet qual delas é.

Esta ida à Basílica apenas por interesse turístico e sem ser para ir à missa ou a um enterro, despertou-me a curiosidade de conhecer a história da Basílica e das figuras que a adornam. Hoje não estava aberta a secretaria, mas hei-de lá voltar para comprar um livro, ou um folheto, sobre esta beleza que temos ao pé da mão e que não visitamos como turistas e por isso não lhe damos a devida atenção.

E há tanta coisa desta para ver em Lisboa....

Fomos depois à Rua de São Bento captar a imagem da placa que ainda existe, na casa onde morreu Antónia Gertrudes Pusich (tetravó do Jorge).

Seguimos até Alvalade para fotografar a placa da rua que tem o nome desta tetravó.

Depois fomos para o bairro de Chelas - o tal bairro que está indicado em tantas placas em Lisboa e que eu não conhecia  minimamente.
É um bairro muito degradado.
A partir da biografia que temos do António Pusich, escrita pela sua filha, sabíamos que eles viveram na Quinta de Santa Catarina, no Vale de Chelas.

Consegui na internet descobrir a fotografia dessa Quinta  aqui.

Não sabíamos a morada, e depois de voltas e voltinhas já estávamos quase a desistir.

Eu, por mim, tinha desistido logo nas primeiras ruas, pois adoro ter novas ideias, mas depois sou muito pouco persistente.

O Jorge é o oposto. Raramente propõe alguma coisa, mas quando se mete numa empreitada, não desiste.



Lembra-se da construção da Barcoiça, Mãe? Eu é que tive a ideia de reconstruirmos a casa e logo que começou a construção, comecei a enervar-me e deixei de lá ir...

Se não fosse a pachorra do Jorge e a sua persistência, ainda hoje estava em ruínas...



Lá perguntou a uns velhotes que estavam num café e nos disseram para deixarmos o carro e irmos a pé por umas ruelas que desciam até ao vale de Chelas.
Disseram que era seguro, mas eu ia cheia de medo. Encontrámos um cão que olhava para nós com ar ameaçador e apesar do Jorge me dizer que ele era mais velho que eu... não consegui continuar.
Voltamos para trás e encontramos outra velhota numa casa tipo barraca de zinco, mas com um ar super limpo e a falar muito bem que nos confirmou que a Quinta era mais abaixo, mas que conseguiamos lá chegar de carro pois é mesmo na Estrada de Chelas no nº 146.

Quando eu lhe expliquei que o nosso interesse era porque tinham lá vivido os antepassados do Jorge, ela respondeu que tanto ela, como muitos outros, também lá tinham vivido, pois a Quinta esteve durante muitos anos abandonada, mas agora está toda murada, por ter sido vendida à Casa das Beiras.






Lá a encontrámos , finalmente e conseguimos tirar algumas fotografias.








Quem diria a esta senhora que viveu no seculo XVIII que havia de ser a mulher dum tetraneto que havia de resolver ir à procura da casa onde ela viveu e onde nasceram os seus filhos...

Pode ser que a mulher ou o marido de algum dos meus tetranetos venha pesquizar estes blogs....



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