19 agosto 2011

E vou lendo...

Depois do Nuno Lobo Antunes li:


-"Uma pedra no sapato" da Luisa Beltrão

Gostei bastante e admira-me como uma "rapariga" da minha idade se consegue colocar na pele de uma miúda de 15 anos da época actual.
Acho que para nós é difícil imaginar-se na pele das filhas, quanto mais na das netas....



- "O eco silencioso" do João Lobo Antunes

É um livro de crónicas publicadas aqui e ali e de conferências.
Um bocadinho chato pois usa e abusa de referências bibliográficas, o que o torna cansativo e enfadonho.
Da parte que mais gostei foi da final, onde faz 4 elogios em homenagens ( Fernando de Pádua, Manuel Machado Macedo, António Lobo Antunes e Daniel Serrão) e 4 críticas de livros (" A misteriosa chama da Rainha Luana" - Umberto Eco; "Sábado" - Ian McEwan; "As lições dos Mestres" - George Steiner e "Acentos" de Fernando Gil.
Como não leio bem inglês e acho que se perde muito ao ler traduções, estou distanciada dos best-sellers ingleses e americanos.
Numa manhã deste Verão em Lisboa, fui até Belém.
Sair do carro, olhar o rio, alargar a vista para os Jerónimos e percorrer a entrada do CCB até à Bertrand, para mim é bom, enche-me o espírito e dá-me vontade de agradecer  a Deus por estar viva, com saúde e saber tirar prazer de pequeninas coisas.
Na Bertrand comprei o livro do Ian McEwan e mais 2, um do Philip Roth e outro da Alice Vieira e ainda trouxe o programa do CCB e a revista "Ler".
Vinha contente com a compra, os livros são bonitos e tirei-lhes esta fotografia:





Gostei do "Sábado" passado com o Dr. Perowne - médico neuro-cirurgião e fiquei com curiosidade e vontade de ir à Bertrand comprar o resto da pilha que lá está deste escritor.
O João Lobo Antunes dizia na sua crítica: "Sábado, não sendo um grande livro, é uma óptima leitura".
Também acho!!!
Não me chocou a tradução feita por Maria do Carmo Figueira para a Gradiva.
Pelo menos não perdi o fio à meada, dezenas de vezes, como me aconteceu ao ler "Património", de Philip Roth.
O livro é da D. Quixote e a tradução de Fernanda Pinto Rodrigues - pareceu-me má e há nele frases que não fazem qualquer sentido em português.
Foi pena, pois o livro interessou-me como todos deste género: uma história da família, verdadeira.
É a história da doença e morte do seu Pai com um tumor no cérebro.
Doloroso, real, contando episódios muito semelhantes a tantos a que  eu e as minhas irmãs assistimos quando acompanhámos os nossos velhotes.
A velhice é uma chatisse!
Todos os dias, tal como a Mãe, rezo a Sâo Judas Tadeu para pedir por mim a Jesus, "pouco mal e boa morte".

A Alice Vieira vou lendo nos intervalos. São posts de um blogue e textos avulso.
Uns giros, outros nem tanto.
Como os deste blogue.
Descobri agora que ela é comunista. Não sabia. Não compro mais nenhum.

Também vou lendo nos intervalos este da Maria José Costa Felix:





Ajuda-me nas horas "down".









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