27 outubro 2011
Miolos
O Pai era muito crítico em relação à falta de inteligência de algumas pessoas.
E, costumava dizer:
- Em que pensa o animal?
- Pois não pensa em coisíssima nenhuma!!
E ....ria-se!!!
Penso muitas vezes, para onde teria ido toda a sua inteligência, o seu conhecimento, as suas memórias e sobretudo aquilo que não transmitia, mas que pensava com os seus neurónios, únicos e inimitáveis.
Cada cérebro humano é único e irrepetível.
Onde fica o pensamento de cada pessoa que passa pela terra?
Algum é transmitido de geração em geração, mas o resto, o mais importante, o que é a intimidade de cada cabeça, perde-se para sempre.
Deve ser por isso que quando morre alguém muito inteligente e sábio se diz: "Foi uma biblioteca que ardeu".
Foi o que aconteceu à nossa biblioteca quando o Pai nos deixou.
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26 outubro 2011
A sorte dos audazes
Estamos fartos, pelo menos eu estou, de ver sempre os mesmos programas com os mesmos comentadores.
Já me cansa ouvir o Mário Crespo e os seus frente a frente.
Já não aguento o "Expresso da meia noite" com o modelo já gasto de cada um a falar um bocadinho e a dizer basicamente as mesmas coisas.
Já adorei a Quadratura do Círculo e outros programas do género que agora me aborrecem.
Como nos montaram há alguns dias a Iris da Zon estou encantada com a nova box e a possibilidade de chegar a meio de um filme e poder vê-lo desde o início. Espectáculo...
Tenho visto imensos filmes e séries.
Ontem, apanhei por acaso uma entrevista da Mª João Avillez ao Dr. Miguel Pais do Amaral, no canal ETV, no programa "A causa das coisas".
Gostei imenso e achei-lhe imensa graça.
Considera-se como um audaz e tem tido, como a Mª João concluiu, "a sorte dos audazes."
Já me cansa ouvir o Mário Crespo e os seus frente a frente.
Já não aguento o "Expresso da meia noite" com o modelo já gasto de cada um a falar um bocadinho e a dizer basicamente as mesmas coisas.
Já adorei a Quadratura do Círculo e outros programas do género que agora me aborrecem.
Como nos montaram há alguns dias a Iris da Zon estou encantada com a nova box e a possibilidade de chegar a meio de um filme e poder vê-lo desde o início. Espectáculo...
Tenho visto imensos filmes e séries.
Ontem, apanhei por acaso uma entrevista da Mª João Avillez ao Dr. Miguel Pais do Amaral, no canal ETV, no programa "A causa das coisas".
Gostei imenso e achei-lhe imensa graça.
Considera-se como um audaz e tem tido, como a Mª João concluiu, "a sorte dos audazes."
25 outubro 2011
Silêncios
"Em cada um de nós há um segredo, uma paisagem interior com planícies invioláveis, vales de silêncio e paraísos secretos." - Anthoine Saint-Exupéry
Vivo numa espécie de limbo...O Jorge diz que passo a vida na estratosfera...!
O meu dia-a-dia é cheio de silêncios da casa, entrecortados pela algazarra das crianças que vêm almoçar e novamente o silêncio.
Entre a realidade da vida e os afazeres domésticos diários, há toda uma torrente de pensamentos que não transmito e que vou guardando.
Não me sinto só, pois gosto destes silêncios.
Passo os meus dias entre os livros que leio e as ideias que constantemente o meu cérebro vai debitando.
Lembranças do passado? Factos do presente? Projectos do futuro?
Não...É uma amálgama de tudo isso que me vai acompanhando a todo o momento.
Vida cheia?
Vida vazia?
Não sei...
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Imagem do google |
"Em cada um de nós há um segredo, uma paisagem interior com planícies invioláveis, vales de silêncio e paraísos secretos." - Anthoine Saint-Exupéry
Vivo numa espécie de limbo...O Jorge diz que passo a vida na estratosfera...!
O meu dia-a-dia é cheio de silêncios da casa, entrecortados pela algazarra das crianças que vêm almoçar e novamente o silêncio.
Entre a realidade da vida e os afazeres domésticos diários, há toda uma torrente de pensamentos que não transmito e que vou guardando.
Não me sinto só, pois gosto destes silêncios.
Passo os meus dias entre os livros que leio e as ideias que constantemente o meu cérebro vai debitando.
Lembranças do passado? Factos do presente? Projectos do futuro?
Não...É uma amálgama de tudo isso que me vai acompanhando a todo o momento.
Vida cheia?
Vida vazia?
Não sei...
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24 outubro 2011
Pequenos poderes
Estou velha...!
Começam a irritar-me pequenas coisas nas quais antigamente nem reparava. Talvez por falta de tempo, talvez por juventude de espírito, talvez...
Irrita-me a prepotência das funcionárias dos Centros de Saúde que nos mandam tirar a senha da Consulta Complementar ou de qualquer outra denominação de que nós, "simples mortais" não entendemos o significado.
Irritam-me os jornalistas e comentadores da Tv que do alto da sua cátedra dizem muitas vezes baboseiras que não podemos rebater e nos põem os "nervos em franja".
"Pequenos poderes" de pessoas que se calhar, nas suas casas, andam às ordens do companheiro, da mulher ou até, quem sabe, dos filhos...
Mas os piores, para mim os piores, meu Deus, são os que se passeiam pelas passagens de peões, como se fossem donos do universo e nos obrigam a estar parados, à espera que atravessem, na sua importância de se "chamarem Ernestos"...
Começam a irritar-me pequenas coisas nas quais antigamente nem reparava. Talvez por falta de tempo, talvez por juventude de espírito, talvez...
Irrita-me a prepotência das funcionárias dos Centros de Saúde que nos mandam tirar a senha da Consulta Complementar ou de qualquer outra denominação de que nós, "simples mortais" não entendemos o significado.
Irritam-me os jornalistas e comentadores da Tv que do alto da sua cátedra dizem muitas vezes baboseiras que não podemos rebater e nos põem os "nervos em franja".
"Pequenos poderes" de pessoas que se calhar, nas suas casas, andam às ordens do companheiro, da mulher ou até, quem sabe, dos filhos...
Mas os piores, para mim os piores, meu Deus, são os que se passeiam pelas passagens de peões, como se fossem donos do universo e nos obrigam a estar parados, à espera que atravessem, na sua importância de se "chamarem Ernestos"...
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22 outubro 2011
Domínio Público
Faz-me uma certa impressão ler Paulo Castilho.
Vejo-o, em cada frase que leio, a falar, com o seu jeito especial e do que conheço dele, custa-me a acreditar que idealize as personagens que figuram nos seus romances.
A primeira parte de "Domínio Público", falado a três vozes, como já acontecia noutros dos seus romances, parece uma trama sem interesse e maçadora.
A partir do meio, começa a interessar e, no cômputo geral, pareceu-me uma história bem engendrada e actual.
Achei a descrição que faz dos protagonistas da história, pouco realista. É difícil ao leitor identificá-los.
Duvido que o Filipe e a Rita, do Paulo Castilho, sejam os mesmos que eu imagino.
Esqueço-me com facilidade dos livros que leio. Talvez seja essa a razão porque foi preciso o Jorge ler o livro para perceber que o Filipe e a Rita já figuravam num outro anterior: "Por outras palavras".
Talvez o mal seja meu.
Tenho que começar a reler os livros que já li.
O Pai costumava dizer: "Já li tanto que já tresli!!"
Não sei bem o que queria dizer, mas penso que o mesmo (seja lá o que fôr) me está também a acontecer!!!
Vejo-o, em cada frase que leio, a falar, com o seu jeito especial e do que conheço dele, custa-me a acreditar que idealize as personagens que figuram nos seus romances.
A primeira parte de "Domínio Público", falado a três vozes, como já acontecia noutros dos seus romances, parece uma trama sem interesse e maçadora.
A partir do meio, começa a interessar e, no cômputo geral, pareceu-me uma história bem engendrada e actual.
Achei a descrição que faz dos protagonistas da história, pouco realista. É difícil ao leitor identificá-los.
Duvido que o Filipe e a Rita, do Paulo Castilho, sejam os mesmos que eu imagino.
Esqueço-me com facilidade dos livros que leio. Talvez seja essa a razão porque foi preciso o Jorge ler o livro para perceber que o Filipe e a Rita já figuravam num outro anterior: "Por outras palavras".
Talvez o mal seja meu.
Tenho que começar a reler os livros que já li.
O Pai costumava dizer: "Já li tanto que já tresli!!"
Não sei bem o que queria dizer, mas penso que o mesmo (seja lá o que fôr) me está também a acontecer!!!
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13 outubro 2011
Frases
A revista "Ler" atribui mensalmente na sua rúbrica "Em tempo de maiúsculas" prémios a frases publicadas.
Este mês dá o Prémio "e tudo o vento levou" à afirmação de Sérgio Godinho, músico, na revista Pública e que se adapta ao que eu sinto muitas vezes em relação aos meus blogues:
"Sinto que muitas boas ideias que tenho se perdem. Ou porque adormeci, ou porque estava num sítio onde não as podia anotar."
Este mês dá o Prémio "e tudo o vento levou" à afirmação de Sérgio Godinho, músico, na revista Pública e que se adapta ao que eu sinto muitas vezes em relação aos meus blogues:
"Sinto que muitas boas ideias que tenho se perdem. Ou porque adormeci, ou porque estava num sítio onde não as podia anotar."
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