26 setembro 2012

Não sei como recomeçar

Vou estando desabituada de escrever.
Muito sol, muita praia, uma preguiça imensa...
Estes dias, de princípio de Outono, obrigaram-me a voltar aos meus queridos blogues.
Não sei por onde começar.
Continuo sem o meu velhinho computador cheio de fotografias e escritos e por mais que me esforce não me adapto ao portátil.
Nunca gostei tanto do Verão como este ano.
Talvez por causa dum tal Q10 que ando a tomar e que me dá energia e gosto pela vida.
Adorei estar em Palmela num retiro de 3 dias, nos finais do mês de Julho, com o Padre Nuno Branco (Jesuita) e a irmã Marta (escrava).
Descobri como é bom o silêncio total, sem televisão, telefone ou outras coisas que nos distraem.
Deixei-me conduzir e percebi como Deus nos vai falando.
Nós é que andamos distraídos com as inúmeras seduções e barulhos que acompanham o nosso dia a dia.
Apesar de o nosso grupo ser apenas constituído por gente muito nova (só eu e a Teresa  Brito éramos avós) e apesar do silêncio que só era interrompido na missa, durante a oração dos fieis, em que cada um dizia o que lhe ia na alma, integrámo-nos bem e  deu para apreciar a diversidade e maravilha que é cada um dos seres humanos. 
Aprendi uma outra maneira de rezar e voltei em paz.

Meti-me depois, com a família toda fora, na azáfama das pinturas cá em casa.
Foram uns dias de trabalho intenso mas valeu a pena.
Tenho a casa limpa, deitei fora imensos tarecos velhos e cheira-me ainda a tinta fresca.

A última semana de Agosto e a 1ª de Setembro estivemos na Barcoiça, com os 7 netos que se divertiram numa alegria esfuziante.
Nadaram, correram, fizeram inúmeras gincanas organizadas pela avó e adoraram dormir todos (menos a Teresa) na camarata do quarto de brinquedos.
Mesmo a Rita, a quem estou farta de dizer que faço um quartinho só para ela, prefere dormir com a rapaziada.
Foram uns dias bons de convívio familiar, de ar livre e de campo.
Nunca me apetece ir para a Barcoiça, mas quando lá estou, apetece-me ficar lá para sempre.
O Manel chega todos os dias com os produtos frescos da horta.
A vizinhança aparece a trazer o que tem nos seus quintais: frangos, ovos, melões, etc, etc.



A simplicidade de vida no campo, todos deviam experimentar!!!

Voltamos a Lisboa deixar a tralha e para eu ir ao cabeleireiro pois no dia 8 de Setembro estávamos convidados para o casamento do Luis Portela.
Fiquei sensibilizada com ele pois éramos os únicos representantes da família M.L.
Do lado H. só estava a Pisco e o Zé Tó.
Cerca de 400 pessoas, a maioria amigos dos noivos.
O casamento foi em Vila Nova de Poiares e por isso fomos ficar ao Hotel Tivoli a Coimbra.
Foi lindo, servido pelo José Avillez (muito bom!) os noivos estavam radiantes e os 16 netos iam uma beleza todos vestidos de branco.
Ficamos na mesa com os compadres do Miguel e com a Nacha com quem falei a noite toda.
Fez muita falta a nossa Tia Esther.
Lembrei-me dela o tempo todo.
Foi o único neto que já não viu casar.
Aqui ficam algumas fotografias que tirámos.






















"The last but not the least" foi a nossa estadia na Prainha.
Foi um sonho este ano.
Setembro é um mês magnífico.
Pouca gente, quase todos turistas alemães e um tempo excepcional.
Foram 15 dias de graças a Deus e ao Miguel por nos proporcionar esta maravilha.
Estivemos a primeira semana com a Madalena e os filhos e a segunda com a Tété, o Miguel, a Marta e a Teresinha.
15 dias dá para tudo:
Para gozar os netos,
Para tomar ricas banhocas com ondas (caso raro no algarve),
Para ler,
Para tricotar,
Para conversar com as filhas e manos,
Para comprar vestidos aos indianos da praia,



Para tirar fotografias como esta ao meu colorido ruivo,


Para assistir a casamentos na praia,


E ainda para dar mimo e colo à nossa mais pequenina.



















Graças vos dou senhor por tanta coisa boa.


Estou uma artista...

Quem havia de dizer que a Ana Maria que, quando se casou, nem sabia estrelar bem um ovo, havia de ser capaz de fazer compotas!!!
Lembro-me sempre do "lavarinto" (dialecto covilhanês) que era a nossa cozinha no dia das compotas: Tachadas enormes ao lume, a Bábá e a Mãe em grande azáfama: "meninas, saiam daqui que se podem queimar..."
Ficou-me essa imagem e achei sempre que não seria capaz.
Com esta magnífica abóbora que me chegou da nossa horta:



e depois de dar metade à minha porteira pedi-lhe que a cortasse em fatias.
Pus 4 sacos de abóbora aos quadradinhos no congelador para sopas e com o resto resolvi experimentar o doce.
Segui esta receita dum blogue que costumo acompanhar e experimentei fazer apenas 1 Kg para ver o que resultava.
Não meti cravinho nem anis nem laranja e só pus 700 gr. de açúcar.
Quando estava quase pronta meti-lhe a varinha mágica para desfazer os bocados maiores.
Nunca sigo as receitas "à risca" . Faço sempre qualquer coisa diferente.
Para quem quiser experimentar e não perceba de "pontos" do açúcar (como eu) informo que leva cerca de 1 hora ao lume a ferver em lume brando.
Ficou linda e saborosa mas só deu dois frascos e duas tacinhas.
Estou uma artista!!!!


07 setembro 2012

Malas

Depois dos cozinhados dediquei a tarde a fazer malas.
Quando as filhas eram pequenas já sabiam que o dia das malas era de nervos e acabavam sempre por apanhar uma estalada...
Sou de concentração difícil e quando estou na fase da escolha do que vou ou não precisar detesto ser interrompida.
Agora, só para mim é mais fácil e no silêncio da casa faço-as num instante.
Adorava que ficassem assim:



Mas... normalmente ficam assim:


À fome não vamos morrer

Com a ajuda da Avelina já tenho o congelador preparado para a nossa estadia no Algarve.
Prevejo a fúria do Jorge quando vir a bagagem...
O que vale é que já vou estando habituada.
Amanhã vamos ao casamento do Luis a Vila Nova de Poiares, dormimos no Hotel Tivoli em Coimbra (talvez a melhor coisa das férias - apetece-me imenso), vimos a Lisboa buscar a bagagem e vamos para a Prainha passar 15 dias.
Uma semana com a Madalena e filhos e outra com as manas num programa só de adultos.
Deus nos acompanhe!!!





06 setembro 2012

Empada de perdiz

Em Julho fartei-me de cozinhar para levar tudo feito para São Bento e ainda comida para as crianças da Madalena que seguia dali directa para o Algarve.
Como já é hábito, o Jorge quando viu a bagagem ia-me matando:
- Perdeste a cabeça, como é possível tanta bagagem para irmos passar 1 semana a São Bento, etc, etc.
Como eu estava calma e serena, resolvi não lhe ligar e levei tudo a que me tinha proposto.
Afinal, tudo calculado pouco mais ou menos, foi mesmo à recta e acabámos por não trazer nada de volta.
A Mãe queixava-se que o Pai era rabujento mas eu acho que o Jorge ainda está pior...!
Tudo serve para se chatear...!!!!
Deus me dê paciência!!
Entre as coisas que fiz deixo aqui a receita da empada de perdiz (foi-me dada pela Isabel) e estava deliciosa.

Mil vezes melhor que a da são Bernardo ou a do Chefe.

Massa:
Juntam-se a 450 g de farinha, 180 g de margarina e 1,5 colheres de azeite.
Amassa-se com as mãos e junta-se aos poucos 1,5 dl de água com um bocadinho de sal.
Faz-se uma bola e deixa-se descansar durante 2 horas.

Perdizes: duas
Arranjam-se e põem-se a estufar enroladas em bacon, com cebolinhas, azeite, cenouras às rodas (poucas) ameixas secas sem caroço e previamente demolhadas.
Quando estiverem prontas desossam-se e desfiam-se juntando-as ao molho a que juntei um pouco de vinho da Madeira e natas que quase não se deixam cozinhar.

Divide-se a massa, parte para a base e outra para cobrir.
Pinta-se a tampa com gema de ovo.
Congelei-a em cru e apenas a cozi na hora de servir.

Ficou assim antes de ir para o congelador: