Muito tenho lido sobre o novo acordo ortográfico.
Leio pessoas muito indignadas, outras que não o adoptam numa atitude de rebeldia orgulhosa, outras que não têm opinião.
Eu situo-me entre aquelas que tanto lhe faz. Por enquanto vou escrevendo da forma como aprendi. Qualquer dia vou estudar o novo acordo e segui-lo à risca.
Não sou nem nunca fui "Velho do Restelo".
Não sendo especialista na matéria, acho que a língua e a escrita vão mudando ao longo do tempo e mesmo os mais reticentes acabarão por se adaptar à nova maneira de escrever.
A Mãe não escrevia açúcar e Suiça com dois ss?
E não usava apóstrofos escrevendo d'aquele e d'este?
E que dizer de palavras que antigamente faziam parte só do português erudito e rebuscado e agora entram no vocabulário de toda a gente?
Uma por exemplo é o "óbvio".
Não há polícia ou bombeiro, pescador ou agricultor, mulher a dias ou dondoca, jornalista ou economista, ministro ou general que não use e abuse deste termo e não diga: "Como é óbvio"; "Obviamente".
Outra é o "paradigma". Estamos saturados de "paradigmas" e não saímos da "cepa torta".
E as palavras em inglês que desde a entrada dos computadores na vida de toda a gente são usadas até pelas crianças? Até os meus netos que são pequeninos sabem o que é o Ipod, o Iphone, o Ipad.
Que importância terão as consoantes mudas na escrita?
Penso que todos iremos adaptar-nos.
E para ilustrar este texto deixo aqui este mimo de "portugalidade" ou de "portugalização dos seus conteúdos":
É só rir!!!!