31 março 2012

30 março 2012

Meditando...

O sentido da vida preocupou poetas e escritores, realizadores de cinema e todos os que param para pensar.
Quem é este "eu" que não conseguimos definir dentro de nós?
Olho-me ao espelho.
Quem és tu?
Este "eu" que nos acompanha e não chegamos nunca a conhecer permanecerá para sempre ou é fruto apenas de células e neurónios arrumados numa determinada sequência?
Acabamos um dia e não resta mais nada?
Hoje acordei assim...!
O contacto com a morte de pessoas muito chegadas e queridas, toca-nos fundo e faz-nos parar e faz-nos pensar...
Todos os que nos antecederam já partiram.
Estamos na linha da fente.
Mais ano, menos ano, chegará a nossa vez.
Aí, iremos perceber...
Ou não...!

29 março 2012

E a serra da estrela

Imensa e azul a nossa serra continua linda.
Passamos o túnel da Gardunha e vêmo-la ao longe. Majestosa em toda a sua grandeza com a minha terra - "a Terra" - abrigando-se na sua encosta.
Sinto o cheiro das estevas.
Um enjoo antigo e uma sensação de pertença.
Foi ali que nasci.
Foi ali que nasceram todos os que nos antecederam.
Foi ali que fomos levar a última pessoa querida que cabe no nosso jazigo.
Não quiseram usar a carreta que costuma atravessar o cemitério com os caixões.
Comoveu-me ver os filhos e os netos, altos e grandes desportistas, carregá-la em ombros.
Fomos almoçar à Quinta.
A quinta que já não é nossa mas que está dentro do nosso coração e das nossas recordações.
Senti-me pequena. De bibe branco e os joelhos esfolados.

Trouxe pastéis de molho, biscoitos de azeite.
Apesar da ocasião, gostei de lá ir.
Gosto sempre.

28 março 2012

Já escondi um amor com medo de perdê-lo, já perdi um amor por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir. 
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia. 
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva. 
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse. 
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar. 
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros. 
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade…
Já tive medo do escuro, hoje no escuro “me acho, me agacho, fico ali”.
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais. 
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava. 
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda. 
Já chamei pessoas próximas de “amigo” e descobri que não eram… Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostrem o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração! 
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente! 
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão. 
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para SEMPRE! “
Clarice Lispector

26 março 2012

Amigas para sempre

Como a Tia Esther dizia aqui: Amigas para sempre.
Deus as tenha juntas.





25 março 2012

Titanic

Grande filme. Grande barco. Grandes actores. Grande banda sonora. Grande realismo. Grande fotografia. Grande realizador - James Cameron.
A última vez que o vi foi num autocarro que nos levava de Filadélfia para Nova Iorque.
Não o tenho nem consigo arranjá-lo em DVD.
Vejo o trailer no You Tube e isso me basta.


24 março 2012

Funeral blues

"Stop all the clocks, cut off the telephone,
Prevent the dog from barking with a juicy bone,
Silence the pianos and with muffled drum
Bring out the coffin, let the mourners come.

Let aeroplanes circle moaning overhead
Scribbling on the sky the message He Is Dead,
Put crepe bows round the white necks of the public doves,
Let the traffic policemen wear black cotton gloves.

He was my North, my South, my East and West,
My working week and my Sunday rest,
My noon, my midnight, my talk, my song;
I thought that love would last for ever: I was wrong.

The stars are not wanted now: put out every one;
Pack up the moon and dismantle the sun;
Pour away the ocean and sweep up the wood.
For nothing now can ever come to any good."

Faz hoje 10 anos que a Mãe partiu e em sua homenagem deixo aqui este poema do escritor inglês W. H. Auden que ouvi pela primeira vez no filme "Quatro casamentos e um funeral" de 1994.




She was my north, my south, my east and west...!!!!

23 março 2012

Rugas

Imagem tirada daqui

Encontrei por acaso neste blogue um texto de um escritor brasileiro que não conheço:Francisco Azevedo, de um seu livro que também não conheço: "Arroz de Palma".
Gostei deste excerto que me ajuda a olhar para as rugas com uma certa serenidade e um gosto a água doce...




"Vejo-me aos 10, aos 20, aos 40 e poucos anos com alegre saudade. Claro que é possível. Há sempre algo engraçado na dor da lembrança. Quando cheguei aos 70 anos, chorei muito, choro acumulado. "Quanto tempo me resta? E no pouquinho de vida antes do fim, serei lúcido, serei lúcido? Esses riscos todos aí no rosto e no pescoço, tantos e tão fundos... Tia Palma, você está por perto? Me ensina alguma coisa nova, por favor, me ensina." E o choro vinha. E vinha. Incontido. Até que a voz - era a dela, tenho certeza - não fez drama, fez comédia: "Brinque de dar nome de rio às suas rugas, António." Comecei a rir e a chorar ao mesmo tempo. "Que história é essa, Tia Palma?" Só fui entender quando, de imediato, identifiquei o Ganges, o Nilo e o Amazonas caudalosos em minha testa. E depois, o Tigre e o Eufrates - irmãos antiquíssimos - descendo à direita e à esquerda do nariz. E também o Paraná, e o São Francisco. No pescoço, altivos, o Tejo, o Tibre, o Tamisa, o Volga e o Reno. Exultei ao reconhecer o Sena, o Prata e todos os seus afluentes em volta dos olhos. Era uma bela e estranha geografia. E chorei feito bobo ao ver aquele manancial de água me correndo pelo rosto. Água doce."

22 março 2012

O preço do pó


Há cerca de 30 anos tenho uma mulher a dias que semanalmente vem fazer limpezas grandes.
Desde pequena me habituei a assistir às limpezas diárias em nossa casa e às limpezas grandes que se faziam na altura da Páscoa: carpetes sacudidas no terraço, cortinados retirados, amarelos areados, o chão devidamente encerado, uma desarrumação completa na casa e a Mãe a comandar o batalhão: "não te esqueças de limpar ali e acolá..."
Quando tive a minha casa achei que devia ter uma pessoa responsável que se encarregasse dessa tarefa. Mesmo assim, muitas vezes, quando era mais nova passava a mão por cima dos móveis e dos quadros para ver se encontrava algum bocadinho de pó.
Deus faz as coisas bem feitas e a certa altura tira-nos um bocadinho a visão e deixamos de ver o pó e as rugas.
Estou há quase uma ano sem a referida ajudante e cheguei à conclusão que não há assim tanto pó e que as limpezas semanais a fundo são mais uma mania que outra coisa.
Razão tinha o Pai quando se queixava: "Se vocês soubessem quanto é que me tem custado o pó...!!!"

21 março 2012

20 março 2012

Toda a nossa vida...

Em apenas 6 copos:




Nota: Foi-me enviado pela I.N.R.

19 março 2012

Dia do Pai



"Balada Negra
Éramos meu pai e eu
E um negro, negro cavalo
Ele montado na sela,
Eu na garupa enganchado.
Quando? Eu nem sabia ler
Por quê? saber não me foi dado
Só sei que era o alto da serra
Nas cercanias de Barra.
Ao negro corpo paterno
Eu vinha muito abraçado
Enquanto o cavalo lerdo
Negramente caminhava.
Meus olhos escancarados
De medo e negra friagem
Eram buracos na treva
Totalmente impenetrável.
Às vezes sem dizer nada
O grupo equetre estacava.
E havia um longo silêncio
Seguido de outros mais vastos.
O animal apavorado
Fremia as ancas molhadas
Do negro orvalho pendente
De negras, negra ramadas.
Eu ausente de mim mesmo
Pelo negrume em que estava
Recitava padre-nossos
Exorcizando os fantasmas.
As mãos da brisa silvestre
Vinham de luto enluvadas
Acarinhar-me os cabelos
Que se me punham eriçados.
As estrelas nessa noite
Dormiam num negro claustro
E a lua morta jazia
Envolta em negra mortalha.
Os pássaros da desgraça
Negros no escuro piavam
E a floresta crepitava
De um negror irremediável.
As vozes que me falavam
Eram vozes sepulcrais
E o corpo a que eu me abraçava
Era o de um morto a cavalo.
O cavalo era um fantasma
Condenado a caminhar
No negro bojo da noite
Sem destino e a nunca mais.
Era eu o negro infante
Condenado ao eterno báratro
Para expiar por todo o sempre
Os meus pecados da carne.
Uma corte de padres
Para a treva me apontava
Murmurando vade-retros
Soletrando breviários.
Ah, que pavor negregado
Ah, que angústia desvairada
Naquele túnel sem termo
Cavalgando sem cavalo!


Foi quando meu pai me disse:
-Vem nascendo a madrugada...
E eu embora não a visse
Pressenti-a nas palavras
De meu pai ressuscitado
Pela luz da realidade.


E assim foi. Logo na mata
O seu rosa imponderável
Aos poucos se insinuava
Revelando coisas mágicas.
A sombra se desfazendo
Em entretons de cinza e opala
Abria um claro na treva
Para o mundo vegetal.
O cavalo pôs-se esperto
Como um cavalo de facto
Trotando de rédea curta
Pela húmida picada
Ah. que doçura dolente
Naquela aurora raiada
Meu pai montando na frente
Eu na garupa enganchado!
Apertei-o fortemente
Cheio de amor e cansaço
Enquanto o bosque se abria
Sobre o luminoso vale...
E assim fui-me ao sono, certo
De que meu pai estava perto
E a manhã se anunciava.


Hoje que conheço a aurora
E sei onde caminhar
Hoje sem medo da treva
Sem medo de não me achar
Hoje que morto meu pai
Não tenho em quem me apoiar
Ah, quantas vezes com ele
Vou ao túmulo deitar
E ficamos cara a cara
Na mais doce intimidade
Certos que a morte não leva:
Certos de que toda a treva
Tem a sua madrugada."


Vinicius de Moraes in Obra Poética, 1ª edição 1968


Este poema de Vinicius lembra-me uma noite de pesadelo que passei na Covilhã em 1976 com uma cólica renal violentíssima, em que o Pai, com toda a sua sabedoria de bom médico e a sua ternura de Pai, passou a noite sentado ao meu lado dando-me a mão e esperando que o pior passasse.


Nunca vou esquecer, a confiança com que o ouvi anunciar-me a chegada da madrugada...


Neste dia do Pai 2012 aqui lhe deixo a minha eterna gratidão e um grande beijinho.

Serão de luxo

Há dias assim...
Normalmente os programas de televisão aborrecem-me, notícias sempre quesilentas, desgraças, "sound bytes" sem interesse, pequena política mesquinha, etc.
Na Sexta feira para contrariar, só vi programas de que gostei, com gente que admiro e com quem estou de acordo.


Comecei por ouvir João César das Neves que nos falou na petição que lidera para se discutirem novamente questões fracturantes como o casamento homossexual e a despenalização do aborto.
Quanto a mim, defendeu a sua posição de uma forma brilhante e deixou várias vezes o jornalista sem possibilidade do contra ataque em que são especialistas.
Falou ainda do momento trágico que Portugal vive, duma maneira simpática, sorridente, mas dizendo só coisas inteligentes e acertadas.


Seguiu-se um frente-a-frente entre Basílio Horta (de quem já gostei, pois até já votei nele para P.R.) e António Pires de Lima de quem muito gosto.
Um debate, entre duas pessoas que já pertenceram ao mesmo partido e agora se encontram em bancadas distantes.
Muito interessante e como sempre, mesmo na sua opinião relativa ao actual P. R., estive de acordo em 100% com a visão de Pires de Lima.


Mudei para a RTPN e no Programa "Av. da Liberdade" apanhei a meio um encontro entre João Lobo Antunes que gosto sempre de ouvir com D. Manuel Clemente, Bispo do Porto, um homem culto, com uma conversa acessível e inteligente.


E para acabar, virei para a RTP1, para o Programa "Nico à Noite" onde fui encontrar Nuno Morais Sarmento que para mim, é dentro do PSD quem diz coisas mais sensatas.


Foi uma boa noite televisiva, para variar das baboseiras que permanentemente nos impingem.


Haja Deus!!!!

17 março 2012

Vira o disco e...

Acabei ontem o terceiro dos livros em que tenho andado envolvida desde aqui.
Adorei as "Cartas da Guerra".
Demorei mais de um mês a digeri-los, a saboreá-los, a ler com redobrado interesse em relação ao que leio outros autores.
Não percebi ainda o que me atrai em A.L.A.
É, ou intitula-se ser, um homem de esquerda. Tem poucas ou nenhumas convicções ou fé em Deus. Vive isolado do mundo, dá algumas entrevistas mas não gosta de convivência. Tem, nas entrevistas que dá, um tom monocórdico e adormecente que se repete no Cd que acompanha o 4º Livro de crónicas.
No entanto, leio tudo o que se tem escrito sobre os seus livros, na página/blog  do escritor (aqui), já ouvi a maior parte das entrevistas com ele que estão no You Tube e estou desejosa de ler pelo menos um ou dois dos seus romances e ainda os livros que têm sido escritos sobre ele.
É um homem inteligente, muito debruçado sobre o seu interior, com um humor subtil que me diverte imenso.
Talvez que se o tivesse descoberto mais cedo, não me tivesse interessado nada.
Talvez sejam os poucos anos de futuro que ambos temos à nossa frente e a maneira como ele olha para trás e o que prevê para a frente que me atrai e me motiva a saber cada vez mais sobre ele.
Talvez o ter sido colega e amiga de uma prima direita dele e conhecer um pouco o meio a que pertence, me tornem mais curiosa em saber mais.
O que não tenho dúvida é que é um grande escritor.

15 março 2012

Garagem

Gostava de ter no meu prédio uma garagem igual a esta que recebi por e-mail.
Como estou em casa com gripe e desde sexta feira que não pego no carro, não faço a mínima ideia onde o deixei.
Que maravilha se mo fossem buscar....


Já existe em Madrid

Angústias

Na Visão da semana passada esta crónica de A.L.A.


http://visao.sapo.pt/a-clara-luz-do-dia=f651213 


Fiquei preocupada e no site do escritor perguntei se ele está novamente doente.
Responderam-me que não há razão para preocupações. Que apenas se sente ou sentia na altura em que escreveu a crónica, abatido.

14 março 2012

Gripe

Estão os hospitais cheios de gente com gripe.
Oiço esta afirmação desde o princípio do Inverno.
Em casa dos avós ainda não tinha entrado.
Chegou, com falinhas mansas, no domingo. Uns arrepios e frio num dia cheio de sol e cada hora a ficar pior.  Já não me lembrava de ter 39º de febre.
Como dizem as bulas dos medicamentos: "em caso de dúvida consulte o seu médico ou farmacêutico": eu sou mais adepta da segunda opção.
Trato-me com a ajudante da farmácia mais próxima a que toda a gente chama a médica do bairro. Receitou-me antibiótico e hoje finalmente estou melhor. 
Como não conseguia ler, fui vendo os filmes que tinha gravados:






"Diário de uma Nanny " de 2007, uma comédia ternurenta e bem conseguida que nos mostra o abandono das crianças filhas da alta sociedade americana.




A proposta - The proposition de 1998 com William Hurt, Kenneth Branagh e Madeleine Stowe.
O drama de um casal que nos anos 30 não conseguindo ter filhos contrata um estudante de Harvard para engravidar a mulher.


Gostei dos dois "ma non troppo".

10 março 2012

Mortes anunciadas

Ontem fui acompanhar a família da M. à missa por sua alma.
Há quem nasça e viva, a esperar grandes coisas e grandes feitos e não saiba apreciar as pequeninas coisas que a vida nos apresenta diariamente e por isso desilude-se. E não aguenta a pressão do dia a dia. E não gosta de viver.
Foi o caso dela, coitada.
Foi há dias o caso do N., filho duma grande amiga da Mãe e que me era dado como exemplo de inteligência e belíssimas classificações quando eu era pequena. Acabou como um desgraçado. 
Cada cabeça é um mundo, cheio de alegrias e tristezas, de vitórias e frustrações, de saúde e doença.   
Na missa da M. encontrei a minha infância cheia de rugas e cabelos brancos.
A vida dá muitas voltas, cada um segue o seu caminho e na cidade grande perdemo-nos de vista.  É em casamentos, baptizados e enterros que nos encontramos com amigos antigos que não víamos há séculos.
Relembramos aventuras juvenis, falamos dos filhos, falamos dos netos.
Saí de lá com as minhas irmãs e fomos gozar para uma esplanada este esplêndido sol desta precoce Primavera...

06 março 2012

Mãe

O 6 de Março foi um dia sempre festejado na nossa família.
O dia dos seus anos, Mãe.
Agora, vamos à missa, rezamos por si e pedimos que nos proteja.
Deixo aqui uma fotografia em que estamos as três, numa daquelas tardes que passávamos juntas e falávamos e ríamos.
Tenho muitas saudades disso e acho que não consigo com as minhas filhas esta calma, este clima, esta disponibilidade.
Não tínhamos internet, nem telemóveis, nem tecnologia, mas tínhamos tempo para passar tardes inteiras a falar...a "esfalaçar"... 
Um grande beijinho por este dia minha querida Mãe.



03 março 2012

C. M.

Durante anos veio a família toda da província assistir, no 3 de Março, à parada do Colégio Militar.
Ver os manos, primeiro como "ratas", depois mais crescidos e por fim o Pedro a comandar o batalhão, com o peito coberto de medalhas.
Foi num desses 3 de Março que eu, com 12 anos, usei pela primeira vez meias de vidro - como se chamavam na altura - e deixei os soquetes e as meias até ao joelho.
Recordo como me senti mal com aquele novo adereço, no Hotel Internacional, onde habitualmente nos hospedávamos quando vínhamos à capital. Pensava, na minha ingenuidade, que toda a gente olhava para mim...
Criança sofre...!!!
E os adultos raramente percebem esse sofrimento.

02 março 2012

Passagem do tempo (2)


Em que pensará este homem?
Recordações? Angústias? Solidão?
Ou será que apenas "cochila" enquanto espera o peixe? 

01 março 2012

L.A.


Os blogues servem também para estarmos a par dos "happenings" que vão acontecendo na nossa cidade.
Acompanho a Laurinda Alves e tenho pelo seu trabalho que se desenvolve em "várias frentes" uma grande consideração.
Por ele soube do lançamento do livro "Entre Gerações".
Ontem na Gulbenkian, apresentado por Mário Crespo.
Adoro ir à Gulbenkian.
Casa cheia.
Familiares das autoras, amigos e fãs.
Tive direito a um autógrafo para a "amiga do blog".
Aqui fica:



Passagem do tempo



Ternura que me fizeram estes dois velhotes passeando à beira rio!