10 março 2012

Mortes anunciadas

Ontem fui acompanhar a família da M. à missa por sua alma.
Há quem nasça e viva, a esperar grandes coisas e grandes feitos e não saiba apreciar as pequeninas coisas que a vida nos apresenta diariamente e por isso desilude-se. E não aguenta a pressão do dia a dia. E não gosta de viver.
Foi o caso dela, coitada.
Foi há dias o caso do N., filho duma grande amiga da Mãe e que me era dado como exemplo de inteligência e belíssimas classificações quando eu era pequena. Acabou como um desgraçado. 
Cada cabeça é um mundo, cheio de alegrias e tristezas, de vitórias e frustrações, de saúde e doença.   
Na missa da M. encontrei a minha infância cheia de rugas e cabelos brancos.
A vida dá muitas voltas, cada um segue o seu caminho e na cidade grande perdemo-nos de vista.  É em casamentos, baptizados e enterros que nos encontramos com amigos antigos que não víamos há séculos.
Relembramos aventuras juvenis, falamos dos filhos, falamos dos netos.
Saí de lá com as minhas irmãs e fomos gozar para uma esplanada este esplêndido sol desta precoce Primavera...

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