Casa de ferreiro, espeto de pau.
Este provérbio era muito bem aplicado pelo Pai.
Cada vez que estávamos doentes ficava furioso e para nos tratar era um castigo.
Era preciso a Mãe insistir com ele: "Vê se dás pelo menos uma injecção à pequena!!"
E então lá ouvíamos o tilintar pelo corredor adiante, da panela com as seringas. Era um som que nos enchia de pavor, pois o Pai, como quase todos os médicos, magoava imenso a dar as injecções.
Ainda hoje penso que injecções seriam aquelas...
Sulfamidas? Penicilina? ...Não sei, nem já tenho a quem perguntar.
Esta falta de paciência era só para pequenas enfermidades das crianças pois quando o caso era grave, tinha um inigualável poder de diagnóstico e acertava normalmente à primeira.
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