29 novembro 2011

Coma comigo



Ontem fui ao lançamento do livro "Coma comigo" da Helena Sacadura Cabral, no Corte Inglês.



É uma pessoa a quem acho uma certa graça e gosto de ler o seu blog:
http://hsacaduracabral.blogspot.com/.

Comprei um livro para mim e mais 3 para oferecer no Natal.

Assisti à apresentação do livro na 1ª fila e, como me esqueci de desligar o telemóvel passei pela vergonha de ele se pôr não só a tocar, mas a dizer quem falava: Madalena, Madalena..... até que lá consegui desligá-lo.

Hoje resolvi experimentar a receita de arroz doce da sua Mãe que ela diz lhe lembrar sempre a Mãe, cada vez que o faz.
Fiquei desanimada!
Eu que faço um arroz doce que é um espectáculo, saiu-me uma argamassa sem explicação, mal cozido e bom para o caixote do lixo.
Como a receita é muito simples, penso que ela se deve ter enganado na quantidade de leite e de arroz que aconselha.

Só pode.

Vou experimentar mais algumas receitas, para ver se não enfiei um grande barrete!!!

28 novembro 2011

Passagem do tempo

Vamos quase sempre à missa ao Domingo à mesma hora, na mesma igreja e já lá vão quase 40 anos.

Há imensas famílias que, tal como nós, assistem à mesma missa não sei se por devoção, se por rotina ou apenas por ser uma hora que lhes dá jeito.

Há muitos a que comecei a dizer apenas bom dia e agora já quase posso considerar amigos.

Comecei a ir com as minhas filhas pequeninas, as 3 vestidas de igual, acariciadas pelas senhoras de idade.

Vi crescer os filhos dos vários casais, vi-os depois com os filhos grandes começarem, como nós, a virem com os namorados dos filhos, depois sozinhos e passado algum tempo são os seus filhos com os próprios filhos. 

Cada semana há mais um bébé e os que ontem éramos novos, a acariciar as cabeças dos pequeninos.

40 anos parece imenso.

Mas não é.

Vai-se dando pela passagem do tempo, semana após semana, na evolução das famílias que como nós, todos os Domingos vão à mesma hora, à mesma Missa.

27 novembro 2011

A flauta de barro


Foto tirada daqui





Acabei de ler "O livro de Crónicas" do António Lobo Antunes.

Uma delas, "A velhice" tocou-me especialmente:

"Devo estar a ficar velho: as Paulas Cristinas têm mais de vinte anos, os Brunos Miguéis já vão nos quinze, as Kátias e as Sónias deram lugar a Martas, Catarinas, Marianas. A maior parte dos polícias são mais novos do que eu. Comecei a gostar de sopa de nabiças. A apetecer-me voltar mais cedo para casa. A observar no espelho matinal desabamentos, rugas imprevistas, a boca entre parentesis cada vez mais fundos. A ver os meus retratos de criança como se fosse um estranho. A deixar de me preocupar com o futebol, eu que sabia de cor o nome de todos os jogadores do Benfica......................................................................................
Se calhar, daqui a pouco  uso um sapato num pé e uma pantufa de xadrez no outro e vou de bengala contar os pombos do Príncipe Real que circulam de mãos nas costas como os chefes de repartição em torno do cedro. Ou jogar sueca com colegas de boina na Alameda Afonso Henriques, de manilha definitiva suspensa no ar numa atitude de Estátua da Liberdade. Ou internam-me no Meu Lar, Recebe Idosos, Inválidos & Convalescentes a fim de passar as tardes à janela em casaco de pijama numa poltrona de orelhas, com os bolsos cheio de palitos, capicuas e migalhas de bolacha Maria, visitado na Páscoa por sobrinhos apressados e saquinhos de amêndoas. Quando der por mim encontro o meu sorriso na mesinha de cabeceira a troçar-me num copo de água com trinta e dois dentes de plástico. Reconhecerei o meu lugar à mesa pelos frasquinhos dos medicamentos sobre a toalha...........................................................................................................

Devo estar a ficar velho. E, no entanto, sem que me dê conta, ainda me acontece apalpar a algibeira à procura da fisga. Ainda gostava de ter um canivete de madrepérola com sete lâminas, saca-rolhas, tesoura, abre-latas e chave de parafusos. Ainda queria que o meu pai me comprasse na feira de Nelas um espelhinho redondo com a fotografia da Yvonne de Carlo em fato de banho do outro lado. Ainda tenho vontade de escrever o meu nome depois de embaciar o vidro com o hálito. Ainda caminho pela borda do passeio sem pisar os intervalos das pedras. Ainda me apetecia que o meu avô me viesse fazer uma festa à cama.................................................................................
Pensando bem
(e digo isto ao espelho)
não sou um senhor de idade que conservou o coração menino.
Sou um menino cujo envelope se gastou."

António Lobo Antunes
in Livro de Crónicas - -  págs: 39-40
Publicações D. Quixote, 1ª edição - 1998



O sonho do meu Pai, em menino, era que lhe comprassem uma flauta de barro, na feira de São Tiago.

Nunca lhe fizeram a vontade pois tinham medo que o "menino rebentasse".

Contava-nos sempre isso com uma certa nostalgia, até que não sei bem se foi um filho, ou um dos netos mais velhos, um dia lhe ofereceu, de presente, a dita flauta.

Parece que estou a ver a sua alegria, já era velhote, a assoprar na flauta e a rir, com aquele riso que tão bem lhe conhecíamos!!!!

Também o meu Pai:

"não era um senhor de idade que conservou o coração menino.
Era um menino cujo envelope se gastou."


E eu, Mãe, sua filha Anamenim, que também qualquer dia "internam no Meu Lar, Recebe Idosos, Inválidos & Convalescentes", para passar o dia de roupão e chinelos, à espera que uma alma caridosa me vá levar um pacote de nozes que não consigo mastigar....

Anamenim com 3 anos
Ainda me apetece que a

Bábá me vá aconchegar a roupa para eu adormecer, gostava de me dependurar de cabeça para baixo no espaldar do Colégio das Doroteias, queria o aconchego da mesa de camilha, com a sua braseira de brasas....gostava de acordar e adormecer com o som do carrilhão da Torre de São Tiago...


Também eu, Mãe:

"não sou uma senhora de idade que conservou o coração menino.
Sou uma menina cujo envelope se gastou."

26 novembro 2011

As good as it gets

Vi pela décima milionésima vez este filme: "Melhor é impossível"
Magnífica interpretação de Jack Nicholson e Helen Hunt.
Não me canso de o rever.



24 novembro 2011

Greve Geral?



Em dia de greve geral, os funcionários da Emel mantêm-se activos.
Fui levar o Zeca a casa e demorei 15 minutos.
Quando voltei tinha este presente.
Raiva!!!
Está Lisboa num caos , no que ao estacionamento se refere, carros em 2ª fila, carros em cima do passeio, a tapar garagens, etc, mas há uns funcionários mais atentos e em certos sítios que esteja ou não, o carro a incomodar, não perdoam nada.

Enfim!!!!

Mas não era só este que trabalhava naquele bairro.
Os funcionários da EPAL que andam a esburacar os passeios todos, também lá estavam em grande actividade.
Eram 6 em cada buraco e à boa maneira portuguesa, havia o Chefe, o Sub-chefe, o que transmitia as ordens aos 2 primeiros, o que estava só a ver, o que tomava notas num papel e por fim o desgraçado que trabalhava que deve ser o que ganha menos de todos.

Lisboa está uma cidade horrível de que apetece fugir.

Para onde?!!!!

22 novembro 2011

Welcome Joana

Nasceu ontem dia 21 de Novembro de 2011 a sua 43ª bisneta.
É filha do seu neto Kiko e da Rita e nasceu em Washington.
Deixo aqui muitos beijinhos para os Pais, que sei, vão acompanhando este blog e, para ela, esta música para a ajudar a dormir e as boas-vindas a este mundo e à nossa família.


19 novembro 2011

Carminho

Estou a tornar-me uma fã desta Carminho.

E adoro este Perdoname em dueto com Paulo Alboran

Aqui fica, com as imagens da nossa velhinha, Lisboa:

17 novembro 2011

12 de Setembro de 1963

Na minha deambulação por outros blogues encontrei este: http://memoriarecenteeantiga.blogspot.com/2011/08/beira-baixa-1963-setembro.html
com notícias de Castelo Branco em 1963 e esta notícia do casamento da Graça e do Pedro.
Não posso deixar de transcrevê-la.
Como éramos importantes nessa época!!!
Até havia um "palácio"...


15/Setembro
Casamento
Na Sé Catedral de Castelo Branco, celebrou-se no passado dia 12, o matrimónio da Sr.ª D. Maria da Graça Sanches Vaz Pardal, filha do nosso muito querido amigo Dr. Ulisses Vaz Pardal e de sua esposa Sr.ª D. Maria Amália Pestana Sanches Vaz Pardal, com o Sr. Eng. Pedro Morais da Silva Leitão, filho do Sr. Dr. Amadeu da Silva Leitão, médico cirurgião na Covilhã e de sua esposa D.Maria da Luz Matos Morais da Silva Leitão.
Apadrinharam o acto, por parte da noiva, o Sr. Dr. Albano Pereira da Cunha Pina, advogado em Castelo Branco, e sua esposa D. Mariana Serra da Cunha Pina que, por motivo de doença do Sr. Dr. Albano Pina, foram representados pelo irmão da noiva Sr. Dr. Vicente José Sanches Vaz Pardal, professor do ensino liceal e por sua esposa D.Maria do Rosário Pestana Casquilho Ribeiro Vaz Pardal e por parte do noivo, o Sr. Eng. António de Matos Morais, Director da Companhia de Seguros Douro e sua esposa Sr.ª D. Ester Lelo Portela Morais.
Foi celebrante o Sr. Cónego Anacleto Pires da Silva.
A missa, que teve grande afluência de fiéis, foi solenizada com cânticos por um grupo de Escuteiros de Castelo Branco, dirigido pelo Sr. Padre Manuel Carrilho Bogalho.
Em virtude da doença do Sr. Antero Vaz Pardal, irmão do pai da noiva, foram apenas convidados para o casamento, pessoas de família.
Após o copo d’água, que se realizou no Palácio do Sr. Dr. Ulisses Pardal, os noivos partiram em viagem de núpcias para o estrangeiro.

Lendo o mano mais velho

Como tinha já pensado há uns tempos aqui, e como tinha medo de não ter pachorra, pedi ao JC, especialista neste autor, que me emprestasse um livro "fácil".
Estou a ler o Livro de Crónicas e estou a achar a maior das graças.
Gosto da sua maneira de escrever, ao sabor do pensamento e passando de umas  coisas para outras, tal como conversamos.
Acho que deve ser um homem amargurado, vivendo na estratosfera, imbuído nos seus pensamentos e nas suas memórias da infância, que o marcaram como a nós todos, imensamente.
Há crónicas muito bem conseguidas, outras nem tanto. 
A maior parte é interessante e admira-me como ele se consegue pôr, tão bem, na sua própria pele como na de mulheres de meia-tigela, vivendo na Amadora ou Chelas, como na de rufias, gente vulgar, homens enganados, mulheres sovadas e até de malucos, do Hospital Miguel Bombarda.
E... volta sempre a Benfica, onde nasceu e cresceu e ao berço, onde, tenho impressão, gostaria de voltar....
Tenho sorrido, tenho rido e tenho gostado imenso de ler estas crónicas.
Quem me dera saber escrever assim...!

Para abrir o apetite de quem me leia, deixo aqui uma delas:


"O grande homem

    Soube que era um génio quando comecei a encontrar o romance nas montras das livrarias; quando o retrato principiou a aparecer nos jornais; quando dei a primeira entrevista à televisão. Consciente da minha celebridade e do meu talento pareceu-me injusto não sair para a rua de pé, em carro descoberto, cercado por guarda-costas de óculos ray-ban, a mostrar-me e a abençoar.
     Decerto que ao passar, num cortejo lento com motociclistas à cabeça, os homens tirariam o chapéu a persignarem-se, vergados de respeito, decerto que algumas velhotas ajoelhariam a rezar. Convicto da minha fama e da admiração dos contemporâneos resolvi, como era agosto, oferecer à Praia das Maçãs a dádiva da minha presença, seguro de aplausos, autógrafos, interjeições extasiadas e gritos de fãs à beira do desmaio.
     Cheguei por alturas do almoço após horas e horas numa bicha de automóveis domingueiros obviamente repletos de leitores entusiastas e parei no restaurante do Augusto onde uma multidão de súbditos se debruçava para o cherne, pronta a aclamar-me no fervor das paixões ilimitadas. Ninguém pareceu dar pela minha entrada: nem um maxilar deixou de mastigar o bitoque, nem um nariz emergiu do galheteiro para me observar com pasmo, e quando eu, agastado com a incompreensível distracção das pessoas, tossia a chamá-las, a voz do Augusto veio lá do fundo, do balcão, a apontar-me num brado que fez tilintar de susto os copos de Colares e sobressaltou a hibernação das lagostas a mancarem nos  calhaus do aquário
     - Olha o Antoninho! Dei tanto pontapé no cu daquele gajo!
     Meia dúzia de pálpebras subiram dos grelos, desinteressadas, e o Augusto a aplicar-me palmadas que me desconjuntavam as costelas
     - O menino a entrar na piscina pelo arame para não pagar e eu que fazia a segurança a correr atrás de si que é lá isso seu sacana? Ricos tempos.
     Apesar do precedente de colegas ilustres
     (Villon, Genet)
     embatuquei. E o Augusto, a empurrar-me com as palmas gigantescas para a mesa, ao lado dos caranguejos e das lagostas de um careca enfezado.
     - E aquela tarde em que você deu uma sova aqui no Zé Tó no ringue de patinagem? O menino era lixado. Muito pontapé lhe dei eu nesse cu. Ricos tempos.
     Eu não recordava a sova nem o Zé Tó, mas o enfezado que parecia guardar uma lembrança amarga resmungou a encostar-se ao aquário, como para se proteger de um novo estalo
     - O tipo tinha a mania que jogava bem à bola mas no torneio da praia só deu frangos.
     à esquerda do enfezado um homem sem dentes que não reconheci soprou do fundo do bagaço num rangido lúbrico
     - A mãe do menino é que tinha umas criadas que faz favor. Cada perna...
     as pálpebras dos clientes regressavam aos grelos e o Augusto baixinho, para a mulher que fritava peixe-espada o não escutar da cozinha
     - Boas
     e o enfezado vingativo
     - Ele não aproveitou nada daquilo era um anjinho era um artolas. O Casimiro do talho papou-as a todas.
     E dos longes do passado, como num sonho, veio uma motorizada com um capacete em cima a rondar-nos a casa cheirando a alcatra, enquanto o Augusto, enternecido, me continuava a martirizar os ossos num rodopio de saudade
     - O que é que faz agora seu maroto?
     e eu encolhido, humilhado, num fiozito de voz, surpreso com a extensão da sua ignorância
     - Escrevi um livro
     o enfezado, triunfal
     - As anedotas do Bocage, aposto
     agarrei-o pelo colarinho na ideia de o mandar fazer companhia aos lavagantes e o Augusto, orgulhoso, a apontar-me aos barris de cerveja
     - Sempre à porrada sempre na confusão. Muito pontapé lhe dei eu naquele cu
     um dos comensais, aborrecido, puxou uma espinha do beiço e fitou-me com ódio
     - Mande o seu menino embora que a gente quer comer em paz.
     A caminho da porta compreendi com raiva que os portugueses não me mereciam. Pensei em emigrar, em pedir asilo político na Embaixada da Colômbia, em suicidar-me com o remédio das baratas. Já no carro ainda vi o Augusto a acenar-me, ainda escutei o enfezado.
     - Não te esqueças de me mandar as anedotas do Bocage
     e preparava-me para arrancar quando um velhote abandonou a espetada e avançou a correr para mim a acenar o guardanapo
     - Um momento um momento
     afinal alguém me lera, alguém me respeitava, alguém sabia quem eu era. Desliguei o motor, preparei o sorriso do autógrafo e o velhote debruçado para mim
     - O senhor não é por acaso...
     eu a pensar Até que enfim
     - Sou sou
    e ele, iluminado
     - ... o sobrinho do barbeiro?
     Deve ter sido por causa do clima
     (sinceramente não encontro outra razão)
     que nunca mais voltei à Praia das Maçãs."

António Lobo Antunes
in Livro de Crónicas - -  págs: 141-143
Publicações D. Quixote, 1ª edição - 1998

    

09 novembro 2011

Jesus Além




Foi por influência de Laurinda Alves que tantos elogios faz a Mia Couto, que comprei este livro.

Uma prosa poética, é o que se me afigura dizer.
Bonito, sensível e triste.
A procura pelo silêncio e por fugir da realidade, leva-nos muitas vezes a pensar escondermo-nos  num sítio isolado do mundo.
Foi o que fez Silvestre Vitalício com seus dois filhos: Ntunzi e Mwanito a quem o pai chamava o "afinador de silêncios" e que é o narrador desta história.

Nas palavras do autor quando da apresentação do livro: "Em África, os silêncios são parte da conversa. O silêncio é uma outra maneira da palavra viver e há coisas que não podem ser ditas de outra maneira."

Ficou-me da leitura deste livro, uma sensação de beleza e angústia ao mesmo tempo.

Ficaram-me frases que fui sublinhando:

- ....Saudade é esperar que a farinha se refaça em grão....

- ....feliz como Adão antes de perder a costela....

- ....Toda a terra é caminho para a cabra. E todo o  chão é pasto. Não há bicho mais sábio. Sabedoria da cabra é imitar a pedra para viver....

- ....e de súbito, o sucedido se deflagrou em espanto....

08 novembro 2011

Anúncio

Adoro este anúncio da optimus com a música dos Beatles "All together now".
Aqui fica:

http://www.youtube.com/watch?v=fafIzVPbQ20



E os Beatles esses 4 rapazinhos irrepetíveis e inesquecíveis:

06 novembro 2011

União Europeia

Acabei de ver o Programa "Ponto Contra Ponto" do Pacheco Pereira na SIC Notícias.
Despediu-se assim:
- Até para a semana. Vamos ver se ainda existe a União Europeia.

Meu Deus!!!!
Medo!!!!

Grécia

Os telejornais abrem e fecham com notícias assustadoras sobre o estado das finanças públicas na Grécia e as dificuldades que está a passar o povo grego, arriscado a sair do euro e até da União Europeia.

Recordo, com saudade as minhas idas a Bruxelas e o contacto com os colegas gregos, sempre muito simpáticos e afáveis.

Havia um, do qual já não me lembro do nome, com o qual fui muitas vezes jantar, depois das reuniões.

Era engraçado, quando nos agrupávamos por países, que nos juntávamos sempre com os espanhóis, os italianos e os gregos, com os quais tínhamos mais afinidades do que com os restantes representantes dos Estados Membros.
Nessa época eram apenas 15. Não imagino a confusão que será agora com 25.

Fui muitas vezes jantar a um restaurante grego na Grand Place : El Greco http://www.ilotsacre.be/images/restaurants/el_greco.htm onde os criados no fim dançam ao ritmo da música folclórica grega.

Recordo um dos filmes de que gostei imenso na minha juventude e deixo aqui a cena final em que Anthony Quinn dança Sirtaki de Mikis Theodorakis a dança popular grega: Zorba o grego ainda a preto e branco como eram os filmes nessa época.


05 novembro 2011

Il volo

Adoro estes 3 rapazes.
Foram concorrentes aos "American Idols": Piero Barone (17 anos); Ignazio Boschetto (16) e Gianluca Ginoble (16).
Maravilha!!!!
Aqui ficam com a letra em dialecto napolitano:



Che bella cosa na jurnata 'e sole,
n'aria serena doppo na tempesta!
Pe' ll'aria fresca pare gia' na festa
Che bella cosa na jurnata 'e sole.
Ma n'atu sole
cchiu' bello, oi ne'.
'O sole mio
sta 'nfronte a te!
'O sole, 'o sole mio
sta 'nfronte a te,
sta 'nfronte a te!  
Quanno fa notte e 'o sole se ne scenne,
me vene quase 'na malincunia;
sotto 'a fenesta toia restarria
quanno fa notte e 'o sole se ne scenne.
Ma n'atu sole
cchiu' bello, oi ne'.
'O sole mio
sta 'nfronte a te!
'O sole, 'o sole mio
sta 'nfronte a te,
sta 'nfronte a te!


Não ficam atrás destes:

http://youtu.be/GrNb-8v7jUs

02 novembro 2011

Os anos são degraus

Os anos são degraus, a Vida a escada.
Longa ou curta, só Deus pode medi-la.
E a Porta, a grande Porta desejada,
só Deus pode fechá-la,
pode abri-la.

São vários os degraus; alguns sombrios,
outros ao sol, na plena luz dos astros,
com asas de anjos, harpas celestiais.
Alguns, quilhas e mastros
nas mãos dos vendavais.

Mas tudo são degraus; tudo é fugir
à humana condição.
Degrau após degrau,
tudo é lenta ascensão.

Senhor, como é possível a descrença,
imaginar, sequer, que ao fim da Estrada,
se encontre após esta ansiedade imensa
uma porta fechada
e mais nada?

Fernanda de Castro, in "Asa do Espaço"