04 maio 2012

Auto dos danados

Demorei bastante tempo a ler este livro.
Não porque não tivesse gostado, mas porque andei entretida com a série "Downtown Abbey" e com os tricots para a minha neta.
A acção passa-se em 1975 em pleno "Verão quente", numa família alentejana tradicional, mas completamente exagerada e ridicularizada pelo autor.
Cada capítulo é escrito por um dos membros da família e estive sempre à espera que até a mongolóide falasse.
Tenho a sensação ao ler L.A. que vou a cavalo, tal a catadupa de frases e palavras umas entroncadas nas outras.
Há um capítulo (o antepenúltimo) em que ao mesmo tempo ouvimos o pensamento do velho que está a morrer e os da sua única filha normal, que é um espanto pela forma como conseguiu escrevê-lo sem se baralhar.
Tem qualquer coisa de esquizofrenia este homem!
Apesar de passar quase todo o tempo em que o li mais ou menos perplexa, gostei imenso.

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