29 março 2011
Pedro
Hoje, 29 de Março, faria 71 anos o nosso Pedro.
Ontem a Graça dizia-me: - Como é que ele seria? Consegues imaginá-lo com 71 anos?
- Acho que sim. Com os cabelos mais esbranquiçados, mas a mesma cara sorridente e meiga.
Aqui deixo esta fotografia com o seu amigo e companheiro golf que deve estar a fazer-lhe companhia na outra vida em que devem estar.
Com a eterna amizade e uma saudade imensa.
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27 março 2011
Cristina Azevedo
Fazer "zapping" na televisão às vezes reserva-nos algumas surpresas.
No Porto Canal dei com uma entrevista a Cristina Azevedo de quem nunca tinha ouvido falar. Despertou-me a curiosidade a rapidez do raciocínio, a explicação clara e o bom aspecto da entrevistada.
Fiquei a saber que é a Presidente da Fundação Cidade de Guimarães, que está a preparar a Capital da Cultura 2012.
Fiquei com a sensação que as verbas disponíveis estão em boas mãos. Guimarães está de parabéns.
Ainda há gente muito capaz em Portugal.
Deixo aqui um link com mais informações sobre Cristina Azevedo.
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26 março 2011
Vida em mim
Acabei hoje de ler "Vida em mim" do Nuno Lobo Antunes, editado por Verso da Kapa, Edição de livros lda, 1ª edição, Outubro de 2010.
Foi o 1º livro que li do autor e o que me despertou a curiosidade foi uma entrevista feita pelo Goucha no programa da TVI24 - "De homem para homem" a 6 de Fevereiro.
É uma semana na vida de um médico contada ao mesmo tempo que as suas memórias.
Gostei imenso do livro e da pessoa que o escreveu. Mostra-nos a sua humanidade e, embora zangado com Deus, que segundo ele, não fez a obra como devia ter feito e a deixou incompleta e cheia de defeitos, pareceu-me, daquilo que conta, uma pessoa com grandes qualidades.
É, além disso, um óptimo médico como tenho ouvido dizer.
Gostei de ler:
"As memórias são como brinquedos arrumados num cesto. Começamos por tirar umas para fora, e logo debaixo se revela outra, que nos apetece agarrar também, até termos espalhado no chão boa parte do passado. Depois, voltamos a arrumar tudo, até que um dia, por qualquer motivo, queiramos de novo brincar com elas."
Trouxe-me recordações da minha infância que estavam no "fundo do cesto":
"......E padeiros que deixavam o pão quente no saco de pano que a minha mãe lhes confiava. O pão não se limitava a ser alimento, era muito mais que isso.. O pão era uma obra de arte. Havia as vianas, com um entrançado que se separava do centro e se podia comer em separado. E os papo-secos......
....O leiteiro vestido de branco, surgia com vasos de alumínio à porta de casa, que o leite azedava se não fosse bebido de pronto. Os amoladores de facas e navalhas subiam lentos a rua, e anunciavam-se assobiando uma escala completa numa flauta de harmonia simples....enquanto empurravam uma bicicleta duma só roda, que tinha inevitavelmente um chapéu-de-chuva, de hastes quebradas, a tiracolo."
E trouxe-me a recordação do meu médico preferido, o meu Pai:
"....A prática clínica era para o meu Pai um razoável frete....
......Tinha uma enorme intolerância para a estupidez e uma tremenda falta de paciência para os enfadonhos......
......O meu Pai morreu e a arte de examinar um doente está moribunda....
......O estetoscópio revelava ao ouvido educado defeitos subtis....e apenas com os dedos e os ouvidos, rodando o fecho para cá e para lá, descobria o segredo do cofre. Perdeu-se essa arte, substituída pela utilização da tecnologia......
....o meu Pai...a quem nunca ouvi dizer algo, a que não valesse a pena prestar atenção."
Tudo o que o Pai dizia, e falava pouco, valia sempre a pena prestar atenção....
Tudo o que o Pai dizia, e falava pouco, valia sempre a pena prestar atenção....
24 março 2011
24 de Março
Faz hoje 9 anos que a Mãe nos deixou.
Tinha pensado escrever aqui a memória que tenho desse seu último dia, mas hoje não me apetece escrever.
Deixo aqui um poema do Vinicius de que gosto muito.
Porquê? Não sei... Porque sim...
Soneto de Separação
De repente do riso fez-se pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sòzinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Vinicius de Moraes,1983 in Obra Poética, 1ª ed. 1968- Comp. José Aguilar Editora
Tinha pensado escrever aqui a memória que tenho desse seu último dia, mas hoje não me apetece escrever.
Deixo aqui um poema do Vinicius de que gosto muito.
Porquê? Não sei... Porque sim...
Soneto de Separação
De repente do riso fez-se pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sòzinho o que se fez contente.
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.
Vinicius de Moraes,1983 in Obra Poética, 1ª ed. 1968- Comp. José Aguilar Editora
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23 março 2011
Dia do estudante
Imagem tirada daqui |
Faz hoje 49 anos, estava eu no 2º Ano de Agronomia, que começou uma enorme luta estudantil.
Em Lisboa, as associações de estudantes pretendiam comemorar o Dia do Estudante no final de Março. E, mesmo sem autorização do Ministério da Educação Nacional, as comemorações iniciaram-se a 24 de Março de 1962. O regime respondeu com a dureza habitual. A cantina foi encerrada e a Cidade Universitária invadida pela polícia de choque. Estudantes foram espancados e presos, desencadeando uma reacção de repúdio que levou a que fosse decretado o luto académico e a greve às aulas.
Eu, e muitos outros, educados sem nunca termos ouvido falar de ditadura, nem de repressão, mas apena no respeito pelos mais velhos e os superiores, ficamos sem perceber nada do que se passava.
A Srª D. Mª Leonor Alçada, mãe da Isabel e da Nor, pediu a alguns dos nossos colegas associativos, para irem a sua casa e explicarem a mim e à Isabel o que se estava a passar, para nós podermos decidir se devíamos ou não ir às aulas.
Éramos completamente apolíticas e mesmo com a explicação que eles nos deram e a conselho da Mãe da Isabel, resolvemos não aderir àquela onda.
Lembro-me de ir assistir ao que se passava na cidade universitária, ver alguns colegas metidos na Cantina Universitária a fazer greve da fome, mas aquilo a nós não nos interessava nada.
Nós as duas e mais um ou dois colegas fomos sempre às aulas dos professores que não aderiram às greves e fomos os únicos, a fazer os exames na altura devida. Chamavam-nos "fura greves" e falta de espírito de "solidariedade".
Os outros diziam que não se importavam de perder o ano, mas acabaram por ir a uma segunda chamada.
Tudo isto está um bocado nebuloso na minha memória, porque não percebia bem o que se estava a passar, mas admiro a coragem que tivemos, contra ventos e marés e com muita gente zangada connosco, de não termos ido na onda e termos tomado aquela atitude.
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21 março 2011
E hoje fazia anos
Primeiro dia de Primavera!
Fazia anos a sua grande amiga, quase irmã, Maria Helena Espiga.
Em 2002 a Mãe que já estava muito cansada, dizia-nos no princípio do mês de Março que ia passar os anos com a Mª Helena.
Não foi neste dia, mas 3 dias depois...
Fica aqui uma fotografia das duas com os seus dois meninos mais velhos que também já partiram: o nosso João e o Alexandre.
Beijinhos para os quatro com muitas saudades....
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20 março 2011
Cerejeiras em flor
![]() |
Tenho andado no outro blog a escrever sobre árvores, sobretudo aquelas que me tocam, por qualquer motivo.
Estava a ver um programa da TVI24 "Portugal Português" onde o presidente da Câmara do Fundão, a propósito das maravilhas e atractivos da região, falou no encanto que está agora, toda a encosta do Fundão com as suas cerejeiras em flor.
Deu-me uma saudade imensa, de sentir aquele cheiro próprio da nossa terra e de ver essa beleza que é a flor da cerejeira.
Cerejeira é o nome dado a várias espécies de árvores originárias da Ásia, algumas frutíferas, outras produtoras de madeira nobre. Estas árvores classificam-se no sub-gênero Cerasus incluído no gênero Prunus (Rosaceae). Os frutos da cerejeira são conhecidos como cerejas, algumas delas comestíveis.
As cerejas são frutos pequenos e arredondados que podem apresentar várias cores, sendo o vermelho a mais comum entre as variedades comestíveis. A cereja-doce, de polpa macia e suculenta, é servida ao natural, como sobremesa. A cereja-ácida ou ginja, de polpa bem mais firme, é usada na fabricação de conservas, compotas e bebidas licorosas, como o Kirsch, o Cherry e o Marasquino. As cerejas contém proteínas, cálcio, ferro e vitaminas A, B, e C. Quando consumida ao natural, tem propriedades refrescantes, diuréticas e laxativas. Como a cereja é muito rica em tanino, consumida em excesso pode provocar problemas estomacais, não sendo aconselhável consumir mais de 200 ou 300 gramas da fruta por dia.
O cultivo da cerejeira é realizado em regiões frias. Necessitam de 800 a 1000 horas de frio para que possam produzir satisfatoriamente em áreas com Invernos frios e chuvas.
in: http://pt.wikipedia.org/wiki/Cerejeira
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19 março 2011
Dia do Pai
![]() |
63 anos |
Dia do Pai.
Dia para nos lembrarmos dos nossos queridos Pais.
Recordarmos a sua presença constante quando éramos pequenos, a sua meiguice e a segurança que nos dava a sua protecção.
Tive o previlégio de ter tido este Pai, inteligente, sabedor, sereno e...muito nosso amigo.
Já não está presente fisicamente, mas está em permanência dentro de mim, dos meus pensamentos, dos meus critérios, das minhas escolhas.
Obrigada Pai pelo que nos foi transmitindo ao longo da vida tanto pela palavra, como, sobretudo, pelo exemplo.
Em sua homenagem deixo aqui, para memória futura, um artigo que o Pai escreveu em 1947 para o Mutualista Covilhanense, sobre a tuberculose.
18 março 2011
Morrer e renascer
Este livro da Maria José Costa Félix foi-me emprestado pela Luisa B.
Gostei de alguns capítulos, de outros nem tanto.
Gosto da sua maneira de encarar a vida e a morte, mas já me faz mais confusão, como mistura a sua fé católica com a astrologia e com a ida a uma médium que (diz ela, que não sabe bem porquê) decidiu consultar.
Relembrei o noso "calvário" no acompanhamento da doença do nosso querido Pedro, na descrição que ela faz da doença e morte do seu genro Pedro d'Orey que, coincidentemente, deixou a mulher e os filhos com apenas 44 anos.
Tem muitos conceitos inteligentes ao longo do livro e não se pode ler duma assentada e guardar.
É um livro que merece ser meditado e em que se devem ler de vez em quando, alguns capítulos mais bem conseguidos.
17 março 2011
Conferência
Ontem fui com a Tété assistir a uma conferência na Universidade Católica integrada no Ciclo de Conferências 2011 e subordinada ao tema "Espiritualidade e Saúde".
Foi orador o Mestre Manuel Luís Capelas, Prof. Adjunto do ICS-UCP, Mestre em Cuidados Paliativos, Doutorando em Ciências da Saúde - Cuidados Paliativos.
A Maria Isabel N. R., deu-me a conhecer este ciclo de conferências, através do Facebook, mas ela acabou por não ir.
Este era o propósito nº 9 para esta ano, como escrevi aqui.
Não éramos o "target" ideal, pois era direccionada sobretudo a responsáveis por cuidados paliativos, mas gostei de ter assistido.
Gostei de ir à Universidade, de me sentar num anfiteatro, de ouvir um tema diferente, enfim...de me sentir viva...!!!
O orador abordou em 1º lugar a avaliação que deve ser feita ao doente na relação da sua doença com a sua espiritualidade e em seguida as estratégias que devem ser seguidas para o ajudar: de cuidados, de autoconsciência, de promoção da dignidade de esperança e de recuperação global.
Deu exemplos interessantes e eu dei por mim a pensar que quando estiver a morrer, gostaria de ter a meu lado um enfermeiro, com esta sabedoria e preparação.
Em resposta a uma pergunta da plateia e no que se refere à hora da morte, referiu que a ajuda na hora da morte deve ser levar o doente a seguir os 5 passos seguintes:
- Perdoo-te
- Perdoa-me
- Amo-te
- Obrigado
- Adeus
Ainda bem que fui.
Gostei de ir à Universidade, de me sentar num anfiteatro, de ouvir um tema diferente, enfim...de me sentir viva...!!!
O orador abordou em 1º lugar a avaliação que deve ser feita ao doente na relação da sua doença com a sua espiritualidade e em seguida as estratégias que devem ser seguidas para o ajudar: de cuidados, de autoconsciência, de promoção da dignidade de esperança e de recuperação global.
Deu exemplos interessantes e eu dei por mim a pensar que quando estiver a morrer, gostaria de ter a meu lado um enfermeiro, com esta sabedoria e preparação.
Em resposta a uma pergunta da plateia e no que se refere à hora da morte, referiu que a ajuda na hora da morte deve ser levar o doente a seguir os 5 passos seguintes:
- Perdoo-te
- Perdoa-me
- Amo-te
- Obrigado
- Adeus
Ainda bem que fui.
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10 março 2011
09 março 2011
Dia 6 de Março
Fui passar o carnaval à barcoiça com a familia Belo e os dois filhos da Marta.
Foi bom ver os primos brincar juntos e gozarem aquele espaço cheio de ar puro. O tempo não ajudou muito mas eles divertiram-se. Para mim o melhor bocado foram as conversas com a Madalena e com o Francisco, depois de jantar, com as crianças nas suas caminhas a dormir e em que ficávamos à mesa tempos infinitos a falar...a falar...
Fomos à missa no dia dos seus anos. Lembrámo-nos muito de si.
Encontrei estes versos da Madalena para a Avó no dia dos seus 81 anos.
Aqui ficam com um beijinho de parabéns.
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