07 dezembro 2011

António Alfredo


A Mãe discursando e o A.A.B. ouvindo



Soube pelo Facebook, através da sua filha Rita, que há 3 anos morreu António Alfredo Alçada Baptista.


Comentei no post que dedica ao Pai: "Um beijinho Rita. Tenho muito boas recordações do seu Pai e continuo deliciada a ler os livros dele"

Resposta dela: "Ele também se deliciou com o seu. Tenho-o muito bem guardado."

Fiquei contente e orgulhosa sobretudo por ela ainda o ter guardado.

Soube, a uma determinada altura,  que ele estava doente e desinteressado de tudo.
Mandei-lhe pela Rita, o Livro "A Minha Mãe" pois sabia da enorme amizade que os unia e do que ele gostava, das histórias que tivessem relação com a sua terra Natal.

Todos em nossa casa gostávamos muito do A.A.B.

Era sempre muito afável e carinhoso conosco.

Li os dois volumes da sua "Peregrinação Interior", "O Tempo das Palavras", "Os Nós e os Laços", " Catarina ou o Sabor da Maçã" e "Tia Susana meu amor" . Faltam-me os três últimos que vou ver se ainda consigo comprar.

Gosto da maneira como escrevia e muitas das suas histórias e descrições, fazem-me recordar a nossa infância comum, na Covilhã daquela época.

Tinha mais 10 anos que o meu irmão João e era, portanto, duma geração intermédia entre a nossa e a dos nossos Pais.

O Pai dele, Dr. Luis Baptista, tinha uma casa na serra vizinha da casa dos Alçadas, onde fomos passar 2 ou 3 verões.

Era um velhinho de cabelos brancos, também muito simpático que ia muitas vezes passar as manhãs à conversa com a Mãe.

Recordo-me do pavor que senti uma vez em que nos levou a sua casa, se embrulhou num cobertor e hipnotizou uma bengala no ar.
Não sei como fez aquilo, mas nunca mais me esqueci do ambiente soturno e do medo que tive.

Sempre fui uma miúda apavorada!!!!

Sem comentários:

Enviar um comentário