"Louvado sejas, meu irmão poeta,
Pela beleza excelsa do teu canto,
O mais singelo,
Singular
E santo,
De quantos se entoaram neste mundo.
Louvado sejas
Pelo profundo sentimento de paz
Que nele nos dás,
Cego a exaltar o sol,
Pobre a exaltar a vida
E até rendido aos pés da própria morte,
Nossa nocturna irmã sem caridade.
E louvado também pela humildade
Tutelar
Da tua inspiração,
Que soube, humanamente, ser do chão,
Mesmo erguida nas asas e a voar."
Miguel Torga, in Diário, 12 de Agosto de 1981
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