Querida Tia Maria da Luz
Quando, no final de tarde de 23 Novembro 2002, a Ana Maria, me telefonou a dizer que tencionava escrever um livro em memória da Mãe, eu achei a ideia formidável. Mas, quando logo de seguida, me disse que contava comigo para escrever umas palavrinhas, já não achei a ideia tão interessante…
Não é por nada, a não ser que além de gostar pouco de escrever, não tenho jeito para escritas e ando muito preguiçoso.
Ainda me lembro, de quando estava em Angola, a cumprir serviço militar, receber por duas ou três vezes um telegrama a dizer: “Aflitos falta de noticias. Escreve.”. Eu regressei em 1965, já lá vão uns bons pares de anos e, a partir dessa altura, podem-se contar pelos dedos duma só mão, as vezes que escrevi uma carta.
Por isso pensei que a melhor homenagem que lhe podia prestar, era precisamente escrever-lhe esta cartinha para lhe dizer que sentimos muitas saudades suas.
Calculo que esteja num lugar bem melhor do que aquele onde nós todos andamos, e penso que também estará rodeada de muitos entes queridos, que estariam à sua espera. Vou terminar enviando-lhe um avião cargueiro dos grandes, carregado de beijos e saudades, para si e para fazer o favor de distribuir por todos os familiares e amigos que for encontrando.
Um beijo da Nany e outro do Bruno.
Um beijão muito especial deste seu sobrinho que nunca a esquece nem esquecerá.
P.S. Dia 6 de Março telefono-lhe…
Rui Leitão Pessoa Amaral
Lisboa, 28 de Janeiro de 2003
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